...é chegar, sentar e ouvir a história!

domingo, 27 de abril de 2014


 Contando para as rainhas

O casamento da bruxa Onilda

Quando jovem, eu era uma lindíssima.  Andava sempre muito elegante e, por isso, tinha muitos pretendentes.

Um dia, varrendo a casa pra cá, pra lá, achei uma moeda de ouro. Primeiro pensei em vendê-la e depositar o dinheiro na caderneta de poupança, mas logo desisti. Achei melhor comprar alguma coisa que me deixasse ficar ainda mais  bonita. Eu era tão convencida!...

E foi o que fiz. Comprei um grande laço azul da cor do céu e o amarrei na ponta do chapéu.

Resolvi fazer faxina geral na casa deixa-la brilhando como eu.                      

Comecei pelos vidros da porta da frente para que todos pudessem ver como eu estava bonita.  Estava quase terminando, quando apareceu um  esqueleto.  Vocês  sabem que nós as bruxas, temos umas amizades meio esquisitas...  Só de me ver , ficou apaixonado e fez uma declaração de amor.

Disse que  era um bom partido, que comia pouco e que estava louco por meus ossos. Só  impôs uma  condição:  que não tivéssemos cachorro em casa, pois de cachorro ele morria de medo!

Nem  dei bola pra ele! Sei lá...  Era magro demais e, além disso, não gosto de carecas.

Mais tarde, quando passava o aspirador de pó nos tapetes, apareceu um fantasma,  que também estava apaixonado por mim e se declarou dizendo: uuuuuhh!!  Mas o coitado não teve sorte:  o aspirador engoliu o lençol dele, e ele , tímido como era, ficou vermelho de vergonha e desapareceu dizendo; uuuuuhh!

Estava no jardim varrendo as folhas secas, quando, por detrás das árvores iluminadas pelo luar, apareceu o lobisomem. Ele também  queria casar  comigo, mas eu disse não. Sabe por  quê ?  Lobisomem só aparecem  em noites de lua cheiae, desse jeito ,a gente só iria se ver uma vez por mês.

Finalmente eu estava estendendo a roupa no varal, ouvi alguém assobiar  para mim, cheio de admiração. Era um jovem muuuiito  interessante, que vinha com uma flor na mão. Disse que se chamava    Petrusco  Pardusco e que, só de me ver, tinha ficado perdidamente apaixonado e queria casar o quanto antes. Ai, não resisti e disse sim. Ele tinha cara de bom moço e parecia entender muito de  chapéu de laço azul e  mágicas.

Texto adptado

 

 

   

 

A  rainha  vai  sonhar

         Bilhete

Se tu me amas, ama-me baixinho

Não o grites de cima do telhado

Deixe em paz os passarinhos

Deixe em paz  a mim!

Se  me queres,

Enfim,

Tem de ser bem de vagarinho, . Amada, que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...
  Mário  Quintana.

Contando continhas  em pleno outono  de nós todos  (**)

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