Contar e ouvir histórias,são umas das atividades mais antigas do homem. A alegria e o aconhego de ouvir histórias sempre estiveram presente nas mais diferentes culturas e épocas.
...é chegar, sentar e ouvir a história!
quarta-feira, 15 de março de 2017
O BOTO E A ESTRELA
Era uma vez um boto esportivo e sonhador. Saltava fora da água e imaginava que era bicho voador, pelo meio das aves, ao lado dos cascos das naves. Num desses salto, de repente, apaixonou-se. Não foi por uma bota nem por uma bota nem por uma gaivota de mergulho e cambalhotas.
Foi por uma luz que deslizava no céu. Já imaginou? Boto apaixonado por cometa ou avião? Na verdade foi por uma estrela cadente. Volta e meia, quando ele saltava de noite, via seu amor que lá do alto brilhava. E que passava. E cada vez a paixão aumentava. Os amigos davam palpite: _Canta pra ela_ disse o siri; _E jogue um beijo. Faça serenata _ sugeriu o caranguejo _ Pule bem alto _ Propôs o mergulhão. -Faça acrobacias - falou o mexilhão. Ele tentou tudo , mas nada deu certo. Não havia jeito de trazer a estrela para perto. Os bichos que só ficavam no fundo da areia nem sabiam se a tal estrela era bonita ou feia, davam informações desencontradas. _ Vá perto da gruta, ela está lá mas era só uma estrela - do -mar.
No meio dos mastros do navio afundado, viu um brilho diferente, mas era só um peixe fosforescente.
Até que um dia,vendo um anzol na água, o boto teve uma ideia para acabar com sua mágoa. Claro, uma pescaria! Com anzol, a estrela vinha... E o boto começou a procura uma linha procurou junto ao cais as cordas de amarrar barcos eram grossas demais. Puxou a barba do camarão mas aquele fiapo não aguentava nada pediu as fibras das algas dançarinas, mas elas eram curtas e finas. Foi então que viu a linha perfeita. No horizonte, separando o céu do mar. E começou a nadar nadou , nadou e lá não chegou mesmo com esforço constante o horizonte ficava mais distante!
Quantas coisas bonitas no caminho! Conchas lulas, medusas pérolas, tesouros, peixinhos e peixões mais para cima aves boias cais faróis rochedos, praias coqueirais. Quanta beleza. E no meio da procura o boto se distraiu e foi esquecendo a estrela, com tanta beleza que viu, ou então foi só mudando, vendo em cada coisa bela um pouco da formosura que tinha encontrado nela.
Quando menos esperou tinha mudado de amor. O boto e a estrela é parte do conto do livro Quem perde ganha Aut. Ana Maria Machado (1985) Uma forma sensível de falar sobre perdas (* * ) com carinho para todos
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livro perfeito
ResponderExcluirgostem 👍
ResponderExcluiro coisa é chata
ResponderExcluirChato mesmo
Excluircala a doca
ResponderExcluirEu amei
ResponderExcluirEu adorei
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